quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Análiset



Analise Swot:

        Todo empresário bem sucedido domina o SWOT; o termo tem origem em inglês e não foi traduzido, mas suas siglas representam forças (Strengths) e fraquezas (Weaknesses) e oportunidades (Oportunities) e ameaças (Threats). Além disso, o SWOT se divide na implementação dos pontos descritos em sua sigla, temos as Forças e Fraquezas estudadas no Ambiente Interno da empresa, enquanto Oportunidades e Ameaças pedem por uma atenção mais externa.

 




CONTRIBUIÇÃO DE HENRY FORD

Iniciou sua vida com um simples mecânico chegando a ocupar o cargo de engenheiro chefe de uma fábrica, porem o seu maior feito foi ter constituído a Ford Motor Company cujo um dos maiores sucesso foi o Ford Modelo T, que no Brasil ficou conhecido como Ford de Bigode, foi o produto que popularizou o automóvel e revolucionou a indústria automobilística, foi produzido por 19 anos entre os anos de 1908 e 1927 era um veículo um veículo confiável, robusto, seguro e principalmente barato qualquer um era capaz de dirigi-lo ou consertá-lo.
 Em 1913 a fábrica já produzia 800 carros por dia, com a implantação da linha de montagem Henry Ford criou um sistema de esteira, que movimentava o carro de forma que cada operário executasse a sua operação, isto aumentou em muito a produtividade, um carro ficava pronto a cada 98 minutos, a produção em série, revolucionou a indústria automobilística. Em 1926 já tinha 88 usinas e produzia 2.000.000 de carros por ano.
Outras contribuições:
·         Criou a assistência técnica de grande alcance;
·         Repartiu em 1914, parte do controle acionário da empresa com os funcionários;
·         Estabeleceu jornada de 8 horas e salário mínimo de U$5,00/dia;
·         Utilizou um sistema de concentração horizontal e vertical onde produzia desde a matéria prima inicial ao produto acabado criando até a distribuição através de agencias própria.
Henry Ford é visto como um dos responsáveis pelo grande salto qualitativo no desenvolvimento organizacional atual.
 Ford também adotou três princípios básicos na sua carreira de homem de negócios:
·         Princípio de intensificação: diminuição do tempo de produção e rápida colocação do produto no mercado.
·         Princípio de economicidade: reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria prima em transformação para assim recuperar rapidamente custos com matérias primas e salários por exemplo.
·         Princípio da produtividade: aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização




A partir da década de 1970, a doutrina de Ford passou por uma revisão, o chamado pós-fordismo, as características desse novo modelo foi à adoção da flexibilização das relações de trabalho as de consumo, as empresas partiram para a conquista de mercados externos buscando outros continentes e desenvolveu-se o conceito de "just in time", que determina que as empresas devem produzir de forma rápida, eficiente, enxuta e somente para atender demandas, sem a manutenção de grandes estoques permitindo assim que as empresas se adaptem melhor e com menos custos a novas tendências do mercado, para alguns autores o toyotismo, é considerado um dos expoentes do pós-fordismo.

CONTRIBUIAÇÃO DE ELTON MAYO

TEORIA: Teoria do Comportamento Organizacional (1957)
ENFASE: Nas pessoas
CARACTERISTICAS: Corrente baseada na psicologia organizacional redimensiona e
atualiza os conceitos da Teoria das Relações Humanas.
ENFOQUE: Estilos de administração Teoria
das decisões integração dos objetivos
organizacionais e individuais
A experiência de suma importância, criada pelo sociólogo australiano, ocorreu com 3 fases distintas. No primeiro momento de seu trabalho de prática de pesquisa, o autor tinha a intenção de confirmar se a iluminação era um fator de modificação na produtividade dos empregados. Decorrente da observação, o resultado mostrou que não havia uma relação direta, porém, sempre haveria alguma modificação, dependendo do psicológico ou fisiológico do operário.
No segundo momento de sua experiência, Elton Mayo buscou observar o campo desenvolvido pelo trabalho em grupo, ou seja, o social e o campo de liderança. A sala de experiência era um ambiente ameno, com mais liberdade, sem supervisão muito dura, o que deixava que os operários possuíssem uma interação bem maior.
Por fim, a pesquisa seguiu para a sua última fase, que consistia em um Programa de Entrevistas. Neste momento, o sociólogo fazia uma entrevista com os operários, para conhecer, mais a fundo, os seus sentimentos e, inclusive, as opiniões. A partir dessas entrevistas, Elton Mayo descobriu que havia um sentimento de lealdade dos operários entre si e liderança de alguns deles, o que formava uma organização não formal, com regras próprias, com previsão de punição a quem desrespeitasse.


CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER


TEORIA: Teoria da Burocracia (Weber – 1909)
ENFASE: Na estrutura
CARACTERISTICAS: Corrente baseada nos trabalhos de Max Weber; descreve as
características do modelo burocrático de organização.
ENFOQUE: organização formal burocrática, racionalidade organizacional


Na teoria burocrática idealizada por Max Weber ao redor dos anos de 1940 a principal característica era organização das empresas em normas e regulamentos escritos e preestabelecidos para seu funcionamento. É como se cada empresa tivesse sua própria legislação para operacionalizar suas funções.

Kurcgant (1991p. 08) descreve:
A proposta burocrática visa à eficiência organizacional como objetivo básico, e para tanto detalha pormenorizadamente como as coisas deverão ser feitas, ou seja, prevê em detalhes o funcionamento organizacional. Desse modo, mantém um caráter racional e uma sistemática divisão de trabalho. Caracteriza-se ainda pela impessoalidade nas relações humanas, considerando os indivíduos apenas em função dos cargos e funções que exercem na organização. [...]

Na organização do serviço de enfermagem nas instituições hospitalares ou mesmo nos postos de saúde, há a regulamentação dos procedimentos de enfermagem por meio da descrição de normas e rotinas como forma de programar um serviço de melhor qualidade. 

Para tanto, é necessário sempre repensar que tais manuais de normas e rotinas devem ser adaptados a realidade de cada local e principalmente de cada equipe, seguindo a legislação dos órgãos competentes e não excluindo a inter-relação com o fator humano tanto do trabalhador como do próprio paciente que recebe o cuidado, lembrando que na saúde trabalha-se com um produto subjetivo e como tal, sujeito a modificações. 












CONTRIBUIÇÃO DE TAYLOR


TEORIA: Administração Científica (Taylor – 1903)

ENFASE: Nas tarefas

CARACTERISTICAS: Corrente iniciada por Taylor;
considera a administração uma ciência aplicada na
racionalização e no planejamento das atividades
operacionais.

ENFOQUE: Racionalização do trabalho no nível
operacional

Considerado o pai da administração cientifica desenvolveu um conjunto   de métodos para a produção industrial com o objetivo de eliminar desperdício e as perdas  e elevar a produtividade, que ficou conhecido como TAYLORISMO

A teoria proposta por Taylor sofreu várias críticas, pois ela trata o homem como porte de uma engrenagem no sistema produtivo superespecializado o operário dando-lhe uma visão limitada do processo não leva em conta o lado social e humano do trabalhador trata a organização como um sistema fechado sem considerar as externalidades entre outros contudo apesar das críticas as contribuições de Taylor são utilizadas até hoje.  Suas diretrizes para racionalização do trabalho e na divisão entre planejamento execução do trabalho são usadas como base nas grandes indústrias de atualidade.

Entre os principais princípios de Taylor estavam:

ü  Cada funcionário deve executar tarefas de acordo com as suas aptidões para aumentar a produtividade e o lucro da empresa. Ao mesmo tempo o funcionário vai sentir-se mais realizado.

ü  Deve haver um tempo padrão para produção, estipulado pela gerência, para que os funcionários cumpram as metas, já que todos têm uma tendência à preguiça.

ü  Cada funcionário deve receber um salário de acordo com o que produz. Assim, quem produz mais, ganha mais e quem produz menos, ganha menos.

ü  Os interesses dos funcionários e da empresa devem estar alinhados, pois isso garante um aumento da produtividade uma vez que todos trabalharão contentes.

ü  Cada gestor deve estar atento e fazer os possíveis para que seus funcionários estejam a produzir dentro de um ritmo adequado.

ü  Cada tarefa deve ser subdividida para que cada um execute uma função, ganhando velocidade e aumentando a produtividade.

ü  É preciso haver um supervisor em cada área para controlar o trabalho dos funcionários e verificar se estão a atingir o mínimo exigido da produção.

ü  Através da formação é possível aumentar muito mais o rendimento de cada funcionário, maximizando assim a produção.

ü  Cada trabalho específico necessita de um estudo e planeamento individual, antes de ser executado, para garantir uma produção maior e com muito mais qualidade. –



CONTRIBUIÇÃO DE FAYOL

TEORIA: Teoria Neoclássica (1954)

ENFASE: Na estrutura

CARACTERISTICAS: Corrente eclética e pragmática,
baseada na atualização e no redimensionamento da
Teoria Clássica e na ênfase colocada nos objetivos.

ENFOQUE: Organização formal, princípios gerais da

Administração, funções do administrador




Fayol enfatizou a estrutura organizacional e criou as seis funções essenciais da empresa, separando a administração das demais funções. Que são:

·         Funções técnicas: produção de bens ou serviços.

·         Funções comerciais: compra e venda.

·         Funções financeiras: procura e gerência de capitais.

·         Funções de segurança: proteção e preservação de bens e pessoas.

·         Funções contábeis: inventários, registros, balanços e custos.

·         Funções administrativas: integração, a partir da cúpula, das demais funções.

Para Fayol, as funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções, por isso estão acima delas. A função de administração é, por isso, a única que formula um programa de ação geral e coordena as demais.
Hoje, essa visão está ultrapassada. Nomes como Produção, Finanças, Marketing, Recursos Humanos, Logística, P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) representam áreas muito mais conhecidas nas organizações. No entanto, essas áreas nada mais são que evoluções da visão de Fayol.

Para esclarecer as funções administrativas, Fayol criou os elementos ou atos da administração: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.

Em outras palavras, segundo Fayol, são funções do administrador:
 Prever: visualizar o futuro e traçar um programa de ação que tenha unidade, continuidade, flexibilidade e precisão.
• Organizar: constituir o organismo material e social da empresa.
• Comandar: dirigir a equipe para atingimento dos objetivos globais.
• Coordenar: unir e harmonizar as atividades do negócio, sincronizar coisas e ações, adaptando os meios aos fins.
• Controlar: verificar se o realizado está de acordo com o previsto (regras e planos).
Em relação às funções do administrador, afirmou que podem ser divididas entre os níveis hierárquicos da empresa. Portanto, não são exclusivas dos diretores, mas o que deve existir é uma proporcionalidade da função administrativa.

Fayol também afirmou que a capacidade essencial dos empregados dos níveis operacionais é a capacidade que caracteriza a empresa. Já a capacidade administrativa é essencial aos chefes. As condições são as seguintes:
1) A capacidade principal do operário é a capacidade técnica.
2) A capacidade principal da gerência é a capacidade administrativa.
3) Quanto mais se eleva o nível hierárquico, maior a capacidade administrativa.
4) As capacidades comercial, financeira, de segurança e contabilidade têm grande importância para os níveis mais baixos.

Nós sabemos que toda ciência tem como base leis ou princípios. Sendo assim, Fayol definiu os "Princípios Gerais da Administração". Entretanto, afirmou que em Administração tudo deverá ter ponderação e bom senso. Portanto, os chamados "princípios gerais" são flexíveis e adaptáveis segundo sua visão.

São já famosos os 14 "Princípios Gerais da Administração", como Fayol os definiu:
1) Divisão do trabalho: especialização das tarefas.
2) Autoridade e responsabilidade: direito de dar ordens e esperar obediência; a responsabilidade é consequência da autoridade e deve manter equilíbrio com ela.
3) Disciplina: comportamento de respeito às normas e acordos estabelecidos.
4) Unidade de comando: cada operário obedece a um superior e a somente um.
5) Unidade de direção: um plano para cada grupo de atividades com o mesmo objetivo.
6) Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais.
7) Remuneração do pessoal: justa e satisfatória.
8) Centralização: autoridade concentrada no topo da hierarquia.
9) Cadeia escalar: autoridade vai do nível mais alto para o mais baixo.
10) Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
11) Equidade: justiça para obtenção da lealdade da equipe.
12) Estabilidade do pessoal (num cargo): evitar o impacto negativo da rotatividade de pessoas.
13) Iniciativa: capacidade de planejar e assegurar o sucesso.
14) Espírito de equipe: harmonia e união do grupo como forças da empresa.


As principais críticas do seu trabalho:
• Abordagem simplificada da organização formal.
• Ausência de trabalhos experimentais.
• Extremo racionalismo na concepção de Administração.
• Abordagem incompleta da organização.
• Abordagem da teoria da máquina.
• Abordagem de sistema fechado.


domingo, 28 de dezembro de 2014

PRINCIPAIS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO







Até a Idade Média, não existia um contexto com evidencias de unidades fabris e indústria de produção em massa; naquela época, a produção se resumia a profissionais artesãos que fabricavam seus produtos nas unidades familiares cujas técnicas passavam de pai para filho. O aspecto da produção em quantidade surge a partir da Revolução Industrial, durante os séculos XVIII e XIX, na Europa, por volta dos anos de 1700 a 1850.


A produção manual foi substituída pela mecânica, com o desenvolvimento de uma nova tecnologia, a máquina a vapor, que transformou a produção fabril.


Esse avento europeu foi o responsável pelo surgimento de grandes parques fabris, que se expandiram para américa.


A utilização do carvão e a produção em grande escala, em várias linhas- metalúrgica, têxtil, alimentícia, entre outros-, modificaram completamente o cenário humano, econômico e tecnológico da época.


O advento das fabricas e do trabalho assalariado provocou um êxodo rural, e as cidades tenderam a crescer. Foi assim que se iniciou um processo social que modificou a vida das pessoas; o poder público descobria novos desafios, e a sociedade, novas necessidades, como saúde, educação, moradia, etc., que desencadeariam transformações de aspectos de administração pública.


A consequência mais intensa de Revolução Industrial foi a modificação do modo de vida das pessoas, que incorporam a rotina de trabalho das fabricas em suas vidas. As mudanças radicais do comportamento social implementaram uma nova era social. Isso despertou um grande interesse nos estudiosos em examinar as organizações de forma mais detida, sob aspectos técnicos, culturais, econômicos, sociais e político. Assim surgiu o interesse dos pesquisadores pela administração.










A Administração é uma arte e uma técnica que remonta aos primórdios da civilização e vai crescendo em escopo e complexidade na medida em que crescem as cidades, se organizam os Governos e surgem as grandes empresas fabris, a partir da 1ª Revolução Industrial.

Tal como o conhecemos hoje, elevado ao status de ciência, a Administração é o resultado da contribuição de inúmeros engenheiros, psicólogos, sociólogos, economistas, matemáticos e estatísticos, contadores, advogados.
No campo específico da administração das empresas, coube a dois engenheiros o lançamento dos fundamentos de uma Teoria Geral da Administração, dando origem à chamada Escola Clássica da Administração.
O primeiro deles foi o norte-americano Frederick Taylor (1856-11915), com sua obra “Shop Management” (Gerência de Fábrica), lançada em 1903, que teve uma repercussão enorme nos meios acadêmicos e empresariais. O segundo - grego de nascimento, porém educado na França - foi o também conhecido engenheiro Henri Fayol (1841/1925), com seu trabalho “Administracion Industrielle et Generale”, publicado em 1916, e que, como o livro de Taylor, ganhou um prestígio extraordinário.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

AS FUNÇÕES ESSENCIAIS DAS EMPRESAS

AS FUNÇÕES ESSENCIAIS DAS EMPRESAS

Até o advento de Henry Fayol, supunha-se que existiam inúmeras funções nas empresas.

Deve-se a Fayol a descoberta de que existem apenas seis funções essenciais, quer se trate de empresas grandes ou pequenas, simples ou complexas, públicas ou privadas. Todas as demais divisões e nomenclaturas são apenas elementos dessas funções.

Essas funções assim foram denominadas por Fayol:
                                               1) Função Técnica
                                               2) Função Financeira
                                               3) Função de Segurança
                                               4) Função Comercial
                                               5) Função Contábil
                                               6) Função Administrativa

1) Função Técnica

Toda e qualquer organização tem uma determinada finalidade. Trata esta função dos fins da empresa. Assim, numa empresa fabril a finalidade é a transformação das matérias-primas em produtos. Portanto, numa fábrica a Função Técnica se localiza no setor de produção.

Numa empresa de transportes a Função Técnica é a remoção de coisas e pessoas. Numa escola, o ensino.

2) Função Financeira

Tem por finalidade prover a empresa dos meios monetários imprescindíveis à liquidação dos compromissos assumidos; ao pagamento dos salários e encargos do pessoal; dos recursos necessários à expansão dos negócios; etc..

Nada se faz sem sua intervenção. A moeda é necessária para o pagamento de salários, para a aquisição de imóveis, utensílios e matérias-primas, para o pagamento de dividendos, para realização de melhorias. É indispensável uma hábil gestão financeira a fim de tirar o melhor partido possível das disponibilidades e evitar aplicações imprudentes de capital.

Muitas empresas que poderiam ter tido vida próspera, morreram porque em determinado momento lhes faltou dinheiro.

Nenhuma reforma, nenhuma melhoria é possível sem disponibilidades ou sem crédito.


3) Função de Segurança

Sua missão é a de proteger os bens e as pessoas contra o roubo, o incêndio, a inundação, acidentes pessoais, controlar as greves, os atentados e todos os obstáculos de ordem social que possam comprometer o progresso e mesmo a vida da empresa.

É, de modo geral, toda medida que dá à empresa e ao pessoal a segurança e a tranquilidade que tanto precisam.

4) Função Comercial

É a que trata da venda e da compra de mercadorias e de utilidades.

Em se tratando de uma empresa comercial as funções ficam reduzidas a cinco, em virtude da fusão da Função Técnica com a Função Comercial, porquanto a empresa foi organizada para exercer como sua finalidade precípua a atividade Comercial.

A prosperidade da empresa depende tanto da Função Comercial quanto das demais funções; se o produto não se vende, a empresa forçosamente perecerá.

a habilidade comercial, unida à sagacidade e à decisão, implica em profundo conhecimento do Mercado e da força dos concorrentes, uma grande capacidade de previsão e, nas empresas importantes, a aplicação de “combinações”.

Constitui a Função Comercial dos seguintes elementos: a) Análise de Mercado;  
b) Compra; c) Armazenamento; d) Cadastro; e) Propaganda; f) Venda;          g) Expedição.

a) Análise de Mercado

O estudo do Mercado é a operação através da qual se procura conhecer as tendências e a capacidade de consumo do mercado respectivo.

É por meio da pesquisa do Mercado que se verifica as possibilidades de expansão das vendas e que se tem conhecimento das preferências da clientela.

Sem estudar o Mercado, sem lhe conhecer as tendências e as preferências nenhuma empresa poderá orientar com segurança seu Departamento de Vendas.

b) Compra

É a operação de escolher e adquirir aquilo que se vai oferecer ao Mercado, no estado, em se tratando de empresa comercial ou depois de sofrer transformação, na hipótese de se tratar de empresa industrial.

O preço baixo nem sempre é o melhor, uma vez que geralmente não se adquire a melhor mercadoria nessas condições.

O esforço da compra deve residir, pois, na obtenção da mercadoria mais adequada ao fim que se tem em vista.

Quanto ao preço, devemos apenas estar seguros de que em igualdade de condições, nossos concorrentes não obterão vantagens sobre nós. Quanto às condições, não devemos perder de vista o prazo e local de recebimento da mercadoria, seu acondicionamento, garantias, prazo e forma de pagamento.

c) Armazenamento

Realizadas as compras, é necessário armazenar o que foi comprado de forma conveniente.

Isto quer dizer: de forma que não se deteriore ou danifique; que possa ser facilmente localizada quando procurada; que permita seu exame a qualquer tempo para conferência da quantidade e para verificação do seu estado.

d) Cadastro

Adquirida a mercadoria mais adequada, armazenada convenientemente, é necessário vendê-la (em se tratando de empresa comercial).

Mas para vender é indispensável conhecer a freguesia, conhecer a sua idoneidade, a capacidade de aquisição, o limite de crédito, etc.. Esta  é a função do Cadastro.

O serviço de Cadastro é útil a qualquer caso, principalmente quando se vende a crédito, pois quem vende nessas condições corre sempre o risco. Somente um Cadastro bem dirigido é que poderá assegurar à empresa a possibilidade de vender a crédito sem correr riscos superiores aos razoáveis.

e) Propaganda

Adquirida a melhor mercadoria, dispondo-se de um cadastro através do qual se conheça a clientela é preciso é preciso interessar essa freguesia na aquisição daquilo que se lhe pretende vender. Essa é a função da Propaganda. Cabe-lhe: despertar a curiosidade do comprador em potencial; obter-lhe a simpatia; predispô-lo a receber bem nossos vendedores e deixá-lo motivado para a ação de compra.

f) Venda

É o processo que irá induzir o cliente em potencial a tomar a decisão favorável quanto a aquisição dos produtos e mercadorias que temos para lhe oferecer. A complexidade desta atividade, como a da Propaganda demandam estudos próprios à sua peculiaridade e que não vem ao caso neste trabalho.

g) Expedição

Vendidas as mercadoria é preciso entregá-las ao comprador de forma que o satisfaça. É a função da Expedição. Quando a entrega é feita com atraso, com impontualidade, o comprador desgosta-se, anulando-se, em decorrência, todos os esforços anteriormente feitos para conquistar-lhe a simpatia e a preferência.

5) Função Contábil

Constitui o órgão de visão das empresas e deve revelar a qualquer momento a posição e o rumo do Negócio. Deve dar informações exatas, claras e precisas sobre a situação econômica e financeira da empresa.

Uma boa contabilidade, simples e clara, que dê idéia exata das condições da empresa é poderoso meio de direção.

Esta função foi denominada “Contábil” por Henry Fayol. Entretanto como ela abrange atos e fatos de natureza não contábil, alguns especialistas da matéria passaram a denominá-la de “Função Burocrática”.

São elementos desta função:
                a) o serviço de Registro de Atos e Fatos Administrativos
             b) o serviço de Documentação compreendendo: arquivo, biblioteca, filmoteca, etc.;
                c) o serviço de Apuração e Demonstração dos Resultados;
                d) o serviço de Estatística.

6) Função Administrativa

Cabe a esta função o encargo de formular o programa geral da empresa, de constituir o seu corpo social, de coordenar os esforços, de harmonizar os atos.

Compõe-se esta função de seis elementos os quais obedecem a uma ordem inalterável, a saber: a) Previsão; b) Planejamento; c) Organização; d)Comando; e) Coordenação; f) Controle.

a) Previsão

A Previsão consiste em perscrutar o futuro e prever com aproximação os acontecimentos  do porvir.

A máxima - “governar é prever”- dá uma idéia da importância que se atribui à previsão no mundo dos negócios e é verdade que se a previsão não é todo o governo é dele pelo menos uma parte essencial.

A sua base se assenta no seguinte: “Tudo que foi constante no passado, sob determinadas circunstâncias, é provável no futuro, sob idênticas circunstâncias.”

Toda tendência, ascendente ou descendente, registrada no passado, é provável no futuro, a menos que ocorram novas circunstâncias, que alterem aquelas tendências.

Por conseguinte, conhecendo-se o passado e observando as circunstâncias do presente, poderemos prever o futuro de maneira bastante aproximada.

b) Planejamento

Planejar é elaborara o programa de ação, o programa de trabalho. É uma decorrência da Previsão.

Efetuadas as previsões, conhecidas as tendências e a capacidade de consumo do mercado, estará a empresa em condições, então, de organizar o programa de trabalho os quais se exteriorizam em forma de orçamentos, de gráficos, de esquemas, de mapas, de ordens específicas ou de caráter geral, aplicáveis a todos os setores da organização.

c) Organização

Organizar uma empresa é dotá-la de todos os elementos necessários ao seu funcionamento: maquinismos, utensílios, matérias-primas, pessoal habilitado (atualmente chamaríamos com grande ênfase de “sistemas”, que não são nada mais nada menos que as denominadas “combinações” de Fayol, ou seja, as maneiras como esses elementos podem ser ordenados).

Por duas divisões se podem distribuir todos esses elementos: 1) o organismo material, compreendendo todos os bens materiais em que está investido o capital da empresa e; 2) o organismo social, que compreende o conjunto de pessoas encarregadas da execução das várias tarefas realizadas na empresa.

d) Comando

Uma vez constituído o corpo social, é mister fazê-lo funcionar. Esta é a missão compreendida na função de comando. Esta missão se reparte entre os diversos chefes da empresa, cabendo a cada um os encargos e a responsabilidade de sua unidade. Para cada chefe a finalidade de mando é obter, no interesse da empresa, o maior proveito possível dos agentes que formam sua unidade. A arte de mandar repousa sobre certas qualidades pessoais e sobre conhecimentos dos princípios gerais de administração.

O chefe encarregado de um comando deve:
                1º)  Ter um conhecimento profundo de seu pessoal;
                2º)  Eliminar os incapazes;
          3º)  Bem conhecer os convênios que regem as relações entre a empresa e seus agentes;
                4º)  Dar bom exemplo;
                5º)  Fazer inspeções periódicas do corpo social;
              6º)  Reunir seus principais colaboradores em conferências onde se preparam a Unidade de Direção  e a convergência dos esforços;
                7º)  Não se deixar absorver pelos detalhes;
               8º) Incentivar no pessoal a atividade, a iniciativa e o devotamento.
e) Coordenação

Coordenar é estabelecer a harmonia entre todos os atos de uma empresa, de modo a facilitar seu funcionamento e garantir-lhe bom êxito. Melhor seria substituir o verbo por sua forma primitiva: ordenar, visto que tal atividade se encaminha a por ordem (na melhor ordem possível) os diversos agentes da produção, de modo a obter aquela harmonia capaz de eliminar os atritos entre os vários órgãos da empresa, permitindo-lhe funcionamento perfeito e ,conseqüentemente, elevado rendimento.

Na ordenação dos elementos componentes da empresa procedem-se dois critérios:

1) coordenando os elementos que estão no mesmo nível, de modo que ambos,
2)  desenvolvendo um trabalho simultâneo ou sucessivo, concorram para a obtenção do resultado desejado e;
      3) subordinando uns a outros os elementos que se encontram em níveis diferentes, submetendo-os a uma adequada hierarquia.

f) Controle

Fiscalizar ou controlar é, finalmente, verificar se tudo se realiza conforme o programa adotado. Tal atividade tem por finalidade assinalar as falhas e os erros, a fim de que possam ser corrigidos ou evitados. Estende-se a toda organização da empresa e ao seu funcionamento, abrangendo, pois, as coisas, as pessoas e os atos. Todas as funções da empresa caem sob a atividade de controle, de modo que a fiscalização se faz sob o ponto de vista administrativo de todas as funções.

Sob o ponto de vista Administrativo, é preciso assegurar-se que o programa existe, que é aplicado e que está em dia, que o organismo social está completo, que os quadros sinópticos do pessoal são usados, que o comando é exercido segundo os princípios, que as conferências de coordenação se realizam, etc..

Do ponto de vista Comercial, é necessário assegurar-se que os materiais entrados e saídos são exatamente considerados no que toca à quantidade, à qualidade e ao preço; que os inventários são bem feitos, que os contratos e acordos são perfeitamente cumpridos.

Do ponto de vista Técnico, é preciso observar a marcha das operações, seus resultados, suas desigualdades, o estado de conservação das máquinas, o funcionamento do pessoal.

Do ponto de vista Financeiro, o controle estende-se aos livros e à caixa, aos recursos e às necessidades, ao emprego dos fundos, etc..

Do ponto de vista da Segurança, é necessário assegurar-se que os meios adotados para proteger os bens e as pessoas estão em bom estado de funcionamento e cumprirão sua função no momento da necessidade.

Finalmente do ponto de vista da Contabilidade, é preciso constatar que os documentos necessários chegam rapidamente, que eles proporcionam uma visão clara da situação da empresa, que o controle encontra nos livros, nas estatísticas e nos diagramas bons elementos de verificação e que não existe nenhum elemento de estatística inútil, além de atender plenamente as exigências legais.